quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Brisa


Brisa

Brisa... Afagas meu rosto.
Meus passos marcados na areia,
E, Num momento súbito, vem o Mar...
Levando as pegadas da minha triste existência.

De repente não mais existo,
Surgindo noutra dimensão,
Como elixir, a alegria chega
Em meu rosto atormentado.

Uma brisa quente enfim me acaricia,
Em minha boca uma doce maça,
Fruto da tentação,
Treme minhas mãos...

Brisa que brinca em meu rosto,
Afaga meus cabelos,
Teu toque me conforta,
Enche-me de esperança.

Em minha mente confusa,
Devaneios loucos e inconseqüentes
Bombardeiam este coração doente,
E novamente esta maça...

Em minha boca quente...
Minha mão treme...
Uma febre sinto, em meu corpo doente,
O desejo me consome...

Brisa refresca!... Cura!...
Esta alma febril,
Lobo a uivar. Esta noite
Irei para outra dimensão.

Brisa me afaga!
Leva-me!...
Longe daqui, perto do Mar,
Da lua, das estrelas...

No aconchego da nuvem,
Deixa-me morrer e...
Morderei esta maça...
Libertarei o lobo que habita dentro de mim...

Brisa vem...

09/07/2010

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