quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

À Noite


À Noite

Um Vampiro no escuro,
Sedento em ver-te.
Quero sair deste túmulo!
Deste petrificante mausoléu.
Ressuscita-me Deus, eu preciso.
Sinto frio! Não gosto de frio!
É úmido, escuro e assustador aqui dentro.
Quero libertar-me! Não da noite,
Mas das correntes que me prendem
No túmulo da indiferença, do Medo da Existência...
Quero a noite e as estrelas, livre a caminhar...
Não quero mais vagar! Espectro a flutuar.
Folhas secas ao chão... E o vento a soprar...
Vampiro ignorado, sozinho; mas temido.
Não sei por quê? Não bebo sangue!
Minha sede é de coragem, de vida.
Quero ser, mas não consigo...
Ouço gritos, e de novo cá estou,
 Entre as correntes, Vampiro doente,
 Neste túmulo a dissipar...







Eliane Galante de Lima

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